Como efeito perverso da emancipação, as mulheres começam a se igualar aos homens na hora de beber. No Brasil, quanto mais jovens, mais se aproximam da média masculina
Um estudo feito no Brasil mostra que também aqui as meninas estão bebendo para valer, quase tanto e com tanta frequência quanto os meninos. Sintomaticamente, começam a surgir versões exclusivas para moças dos centros de recuperação de que fala Amy em seu famoso hit, Rehab.
O estudo é o primeiro a mostrar um panorama real do consumo de bebidas alcoólicas por homens e mulheres nas diferentes faixas etárias, e foi feito com base nas entrevistas realizadas pela PNBA entre 2005 e 2006 em 143 municípios brasileiros. Foram ouvidas 2.522 pessoas acima de 14 anos, além de 485 entrevistas extras com adolescentes de 14 a 17 anos. A pesquisa, recentemente finalizada, representa um retrato de como toda a população do País bebe, com ênfase nos jovens.
Ao longo da história, as mulheres sempre beberam menos que os homens. Mas as coisas estão mudando de forma acelerada entre a população dos 12 aos 17 anos. Como um efeito perverso da emancipação feminina, as garotas passaram a querer se igualar aos garotos também nas bebedeiras. Quanto mais jovens, dizem os pesquisadores, mais as mulheres se aproximam dos homens no consumo de álcool. “A prevalência de bebedores na adolescência é de pouco mais de um terço para homens e de um terço para mulheres”, anotaram.
Por que as mulheres bebem?
Entre os brasileiros, a bebida mais consumida pelas garotas a partir dos 14 anos é a cerveja, em virtude do preço. As meninas brasileiras também bebem pinga e seus derivados, como a caipirinha, mas preferem mesmo é a loira gelada. Que ninguém se espante se daqui a pouco surgirem anúncios com garotões sarados de sunga passando por entre as mesas de um bar lotado de moças bebendo.
Especialistas falam de dois perfis de alcoólatras femininas no Brasil. No primeiro grupo estão mulheres acima dos 40 anos que já viram os filhos crescerem e tiveram casamentos desfeitos, e, no segundo, as mais jovens, que consomem álcool associado a outras drogas e se esforçam para controlar o peso. Nas mais velhas, em geral, o consumo de álcool está associado ao uso de calmantes como Lexotan, Valium, Frontal e Rivotril. Nas jovens, o álcool pode facilitar o início do consumo de outras substâncias, incluindo inalantes, anfetaminas, ecstasy, maconha e, principalmente, cocaína.
Biologicamente, não há igualdade alguma entre os sexos no que diz respeito à tolerância ao álcool. A mulher é frágil, “fraca para a bebida”, como se costumava dizer. Como possui menor quantidade de água corporal, a concentração sanguínea de álcool é maior nas mulheres do que nos homens. Elas também possuem naturalmente uma menor quantidade da enzima chamada álcool-desidrogenase no estômago, o que faz com que o álcool seja menos metabolizado nesse órgão. Para piorar, à medida que a mulher continua bebendo, o organismo vai produzindo quantidades cada vez menores dessa enzima e concentrando progressivamente mais álcool no sangue mesmo que não aumente a quantidade de bebida.
Isso significa que todos os problemas físicos associados ao álcool nos seres humanos aparecem mais cedo e costumam ser mais graves nas mulheres: gastrite, úlcera gástrica, esteatose (“fígado gordo”) e cirrose hepática, problemas cardíacos, neurológicos e cognitivos (de atenção e memória, inclusive demência).
Cynara Menezes (Revista Carta Capital -Edição 36, Maio 2009)
A partir do trecho da reportagem de Cynara Menezes, poste seu cometário respondendo a pergunta feita e argumentando sobre o explanado em, no mínimo, 10 linhas. Não esqueça de observar o comentário do colega acima.
Um estudo feito no Brasil mostra que também aqui as meninas estão bebendo para valer, quase tanto e com tanta frequência quanto os meninos. Sintomaticamente, começam a surgir versões exclusivas para moças dos centros de recuperação de que fala Amy em seu famoso hit, Rehab.
O estudo é o primeiro a mostrar um panorama real do consumo de bebidas alcoólicas por homens e mulheres nas diferentes faixas etárias, e foi feito com base nas entrevistas realizadas pela PNBA entre 2005 e 2006 em 143 municípios brasileiros. Foram ouvidas 2.522 pessoas acima de 14 anos, além de 485 entrevistas extras com adolescentes de 14 a 17 anos. A pesquisa, recentemente finalizada, representa um retrato de como toda a população do País bebe, com ênfase nos jovens.
Ao longo da história, as mulheres sempre beberam menos que os homens. Mas as coisas estão mudando de forma acelerada entre a população dos 12 aos 17 anos. Como um efeito perverso da emancipação feminina, as garotas passaram a querer se igualar aos garotos também nas bebedeiras. Quanto mais jovens, dizem os pesquisadores, mais as mulheres se aproximam dos homens no consumo de álcool. “A prevalência de bebedores na adolescência é de pouco mais de um terço para homens e de um terço para mulheres”, anotaram.
Por que as mulheres bebem?
Entre os brasileiros, a bebida mais consumida pelas garotas a partir dos 14 anos é a cerveja, em virtude do preço. As meninas brasileiras também bebem pinga e seus derivados, como a caipirinha, mas preferem mesmo é a loira gelada. Que ninguém se espante se daqui a pouco surgirem anúncios com garotões sarados de sunga passando por entre as mesas de um bar lotado de moças bebendo.
Especialistas falam de dois perfis de alcoólatras femininas no Brasil. No primeiro grupo estão mulheres acima dos 40 anos que já viram os filhos crescerem e tiveram casamentos desfeitos, e, no segundo, as mais jovens, que consomem álcool associado a outras drogas e se esforçam para controlar o peso. Nas mais velhas, em geral, o consumo de álcool está associado ao uso de calmantes como Lexotan, Valium, Frontal e Rivotril. Nas jovens, o álcool pode facilitar o início do consumo de outras substâncias, incluindo inalantes, anfetaminas, ecstasy, maconha e, principalmente, cocaína.
Biologicamente, não há igualdade alguma entre os sexos no que diz respeito à tolerância ao álcool. A mulher é frágil, “fraca para a bebida”, como se costumava dizer. Como possui menor quantidade de água corporal, a concentração sanguínea de álcool é maior nas mulheres do que nos homens. Elas também possuem naturalmente uma menor quantidade da enzima chamada álcool-desidrogenase no estômago, o que faz com que o álcool seja menos metabolizado nesse órgão. Para piorar, à medida que a mulher continua bebendo, o organismo vai produzindo quantidades cada vez menores dessa enzima e concentrando progressivamente mais álcool no sangue mesmo que não aumente a quantidade de bebida.
Isso significa que todos os problemas físicos associados ao álcool nos seres humanos aparecem mais cedo e costumam ser mais graves nas mulheres: gastrite, úlcera gástrica, esteatose (“fígado gordo”) e cirrose hepática, problemas cardíacos, neurológicos e cognitivos (de atenção e memória, inclusive demência).
Cynara Menezes (Revista Carta Capital -Edição 36, Maio 2009)
A partir do trecho da reportagem de Cynara Menezes, poste seu cometário respondendo a pergunta feita e argumentando sobre o explanado em, no mínimo, 10 linhas. Não esqueça de observar o comentário do colega acima.